sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Trecho do livro: Maria a maior educadora da história - Augusto Cury

Era o fim de mais um dia ensolarado. O sol se despedia no horizonte anunciando mais uma noite desértica. A pele suava e colava às grossas mantas, gerando desconforto. Tudo parecia transcorrer tranquilamente quando, de repente, a rotina se estilhaça.

Alguns homens surgiram subitamente arrastando uma mulher. Ela estava esfolada e sangrando. Chorando e sem forças, ela clamava em desespero por compaixão! Compaixão!

Quem era a vítima? Uma mulher pega em flagrante adultério. Foi arrancada da sua cama com violência. Esbravejavam com o homem que dormia com ela, mas o deixaram livre. Que injustiça!

Hasteando a bandeira do moralismo, os carrascos da mulher a arrastavam e bradavam: "Prostituta! Prostituta! Você contamina nossa terra! Merece a morte!". Os sentimentos de solidariedade diluíram-se no radicalismo religioso.

Atrás dos algozes um cortejo de homens furiosos, como se todos fossem puros e não tivessem conflitos. Queriam exorcizar os fantasmas interiores que os assombravam, mas, como não os enfrentavam, projetavam esses fantasmas na mulher desprotegida, tentando espantá-los.

Gritavam: "Apedrejem-na! Apedrejem-na!". Alguns sacudiam o pó dos pés, outros cuspiam na vítima. Ao longo da história os piores inimigos de Deus sempre foram seus defensores radicais.

Era possível prostituir-se na mente, nas intenções, nas ações, mas não

fisicamente. Era aceitável estar infectado por dentro, mas não era admissível uma demonstração exterior. A sociedade era e sempre foi hipócrita!

A biografia masculina tem uma dívida impagável com as mulheres. Os homens

sempre foram o sexo frágil, pois só os frágeis usam a força. As mulheres sempre usaram

mais as ideias e a sensibilidade. Por isso esse misterioso Deus chamou uma mulher para

cumprir uma missão que milhares de homens não conseguiriam.

Ao apedrejar publicamente as mulheres adúlteras, os radicais religiosos queriam que a doutrina do medo se infiltrasse como chamas de fogo no inconsciente coletivo, reprimindo comportamentos.

A multidão se aglomerou. O ritual começou. A mulher protegia o rosto. As pedras começaram a ser atiradas sem piedade. Os músculos eram lesionados, os ossos, quebrados, o sangue era sorvido pela terra. Cada minuto era uma eternidade de dor. As mulheres queriam protegê-la, mas, se o fizessem, teriam a mesma sorte. Chorando, assistiam à agonia de sua semelhante.

Nenhum homem perguntava se ela sofrera crises e vivera pesadelos existenciais. Não a consideravam um ser humano, mas uma adúltera que deveria ser exterminada do mapa da existência.

Não havia idade mínima para assistir a essa brutalidade. Muitas meninas, agarrando-se às vestes de suas mães, choravam ao ver a dor da miserável mulher. Entre elas havia uma pequena garota que cobria seu rosto com as mãos, mas deixava escapar por entre os dedosflashes da cena da mulher que agonizava.

Seu nome era Maria. Como todas as outras meninas do seu tempo, ela deve ter assistido a diversas cenas como essa. Causava-lhe arrepios pensar em um dia cometer o mesmo sacrilégio. Como toda criança, é provável que a pequena Maria tenha perdido o sono relembrando os gritos e as cenas terríveis que vira no dia anterior.

Sartre, como Freud, acreditava que nos primeiros sete anos de vida arquivamos algumas experiências emocionais reprimidas, nas quais temos dificuldades de colocar para fora. Dentro de nós há uma criança que exige reparos por tudo o que viveu.

A pequena menina cresceu. Tornou-se uma jovem vivaz, instigante, estava com cerca de 15 anos. A cultura de seu povo e as dificuldades de sobrevivência da época faziam as mulheres amadurecer mais rápido e assumir compromissos sociais mais cedo. Mas Maria ainda era uma adolescente.

Como muitas jovens de sua idade, já estava noiva. Na cultura judaica, o noivado era tão sério como o próprio casamento. Estava prestes a finalizar o ritual do casamento, mas não havia mantido relações sexuais com seu futuro marido, José, um carpinteiro sem grandes posses, que carregava pesadas toras e as lapidava para sobreviver. Tinha as mãos calejadas pelos atritos das ferramentas que usava e a pele ressequida pelo calor do sol. Era um homem acostumado ao trabalho pesado.

Trecho do livro: Ele escolheu os cravos/Max Lucado

A princípio, os discípulos ficaram anestesiados, depois

rapidamente fugiram.

Herodes queria um show.

Pilatos queria livrar-se do problema. E os soldados? Eles

queriam sangue.

Então açoitaram a Jesus. O chicote legendário consistia em tiras de couro com bolas de ferro em suas pontas. Seu objetivo era singular. Bater no acusado progressivamente até quase matá-lo, então parar. Trinta e nove chicotadas eram permitidas mas raramente necessárias. Um centurião monitorava o estado do prisioneiro. Sem dúvida Jesus estava próximo à morte quando suas mãos foram desamarradas e Ele caiu ao chão.

Chicotear foi a primeira ação dos soldados.

A crucificação foi a terceira. (Eu não pulei a segunda. Já vou

chegar lá.) Embora suas costas estivessem machucadas pelas

chicotadas, os soldados colocaram a cruz sobre os ombros de Jesus e o fizeram carregá-la até o monte da crucificação, onde o executaram.

Não culpamos os soldados por estes dois atos. Afinal, eles estavam apenas seguindo ordens. Mas difícil é compreender o que fizeram neste ínterim. Eis aqui a descrição de Mateus:

Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo mandado açoitar

a Jesus, entregou-o para ser crucificado.

E logo os soldados do governador, conduzindo Jesus à

audiência, reuniram junto dele toda a coorte.

E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em sua cabeça e, em sua mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus!

E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana e batiam-lhe com

ela na cabeça.

E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado. (Mt 27.26-31)



A obrigação dos soldados era simples: Levar o Nazareno até o monte e matá-lo. Mas eles tinham outra idéia. Queriam se divertir primeiro. Fortes, descansados e armados, os soldados cercaram um carpinteiro galileu exausto e quase morto, e o atacaram. O açoite fora ordenado. A crucificação ordenada. Mas quem teria prazer em cuspir em um homem quase morto?

O ato de cuspir não tem a finalidade de machucar o corpo — de forma alguma. O ato de cuspir é a intenção de degradação da alma, e muito eficiente. O que os soldados estavam fazendo? Não estariam eles elevando-se a si próprios à custa de outra pessoa? Eles sentiram-se grandes ao humilhar Jesus.

Você já fez isto? Talvez nunca tenha cuspido em alguém, mas já fofocou? Caluniou? Você já levantou as mãos enfurecidas ou levantou os olhos com arrogância? Já colocou os faróis altos no retrovisor de algum carro? Já fez alguém se sentir mal para você se sentir bem?

Foi isto que os soldados fizeram a Jesus. Quando você e eu fazemos o mesmo, fazemos isto com Jesus também. "E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" (Mt 25.40). A maneira como tratamos os outros é a mesma como tratamos a Jesus.

"Ei, Max, não gostei desta frase", você protesta. Creia-me, não gosto de dizer isto. Mas precisamos enfrentar o fato de que há algo animalesco dentro de cada um de nós, que nos obriga a fazer coisas que surpreende até a nós mesmos. Você já não surpreendeu a si mesmo? Já parou para refletir sobre alguma atitude e pensou: "O que deu em mim?"

A Bíblia possui uma resposta com seis letras para esta

questão:

P-E-C-A-D-O. Existe algo ruim — animalesco — dentro de cada um de nós. "Éramos por natureza filhos da ira" (Ef 2.3). Não é que não possamos fazer o bem. Podemos. O fato é que não conseguimos evitar fazer o mal. Em termos teológicos, somos "totalmente depravados". Embora feitos à imagem e semelhança de Deus, temos caído. Somos corruptos ao máximo. O âmago de nosso ser é egoísta e perverso. Disse Davi: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl 51.5

A tua graça me basta

Música do Renascer praise e que me toca bastante...

Quando lembro de tudo que já vivi

Dos caminhos estreitos que percorri

E das setas que lançaram pra me atingir

Dos gigantes que tive que derrubar

E os espinhos que tentaram me machucar

Me fazer desistir, desacreditar

Mas o teu manto me cobriu

Tua voz acalmou meu coração





Graça, Tua doce graça que me basta

Graça, trago em mim as Tuas marcas

Graça, maior prova de amor meu Senhor



Eu não sei mais viver longe de Ti

O Teu sentimento habita em mim

Vou continuar até o fim

És minha inspiração de amor

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Trecho do Livro A ditadura da beleza e a revolução das mulheres de Augusto Cury

“Influenciadas pela mídia e preocupadas em corresponder aos inatingíveis padrões de beleza que são apresentados, inúmeras mulheres mutilam sua auto-estima-e, muitas vezes, seus corpos- em busca da aceitação social e do desejo de se tornarem iguais ‘as modelos que brilham nas passarelas, na TV e nas capas de revistas.”

“O objetivo da ditadura da beleza é promover inconscientemente a insatisfação, e não a satisfação. Pois uma pessoa satisfeita, bem-humorada, feliz, tranquila, não é consumista, consome de maneira inteligente, não precisa viver a paranóia de trocar continuamente de celular, de carro, de roupas, de sapatos. Todavia, pessoas insatisfeitas projetam sua insatisfação no ter. Consomem cada vez mais, porém sentem cada vez menos.”

“As correções estéticas num mundo que supervaloriza a imagem pode aliviar a ansiedade e gerar auto-estima. No entanto, se as mulheres não resolverem a síndrome do padrão inatingível de beleza, a intervenção estética não solucionará a insatisfação com elas mesmas. Hoje operam o seio, amanhã o nariz, depois o rosto. O buraco é interior.”

“Quando se olham nos espelhos, as mulheres valorizam mais seus defeitos do que suas qualidades, pois se vêem através das janelas doentias que construíram em sua psique.”

“Mulheres e homens precisavam ter a convicção de que não existe beleza perfeita. Toda beleza é imperfeitamente bela. Jamais deveria haver um padrão, pois toda beleza é exclusiva com um quadro de pintura, uma obra de arte.”

“Quando vocês, mulheres, fazem propaganda para seus homens de uma área do seu corpo que rejeitam, que tipo de janelas vocês plantam na memória deles?

_ Muito bem. Por isso, eles passam a dar importância ‘aquilo que antes não era essencial. Os defeitos, passam a ser observados por eles e a incomodá-los também. Isso contribui para a destruição do encanto e da sensualidade da relação e para corroer o romantismo.”

trecho do livro O vendedor de sonhos de Augusto Cury

"Sem Sonho, os monstros que nos assediam, estejam eles alojados em nossa mente ou no terreno social, nos controlarão"

"O objetivo principal dos sonhos não é o sucesso, mas nos livrar dos fantasmas do conformismo"

"Quem não é generoso consigo jamais será com os outros. Quem cobra muito de si mesmo é um carrasco dos outros"

"A generosidade é um dos maiores sonhos que devemos difundir no grande caos social"

"É possível fugir dos monstros de fora, mas não dos que temos dentro da mente"

"Os egoísta vivem no calabouço das suas angústias, mas os que atuam na dor dos outros aliviam a própria dor"

"Os que vendem sonhos são como vento: você ouve sua voz, mas não sabe de onde vem e nem para onde vai"

"Se quiserem vender o sonho da solidariedade, terão de aprender a enxergar as lágrimas nunca choradas, as angústias nunca verbalizadas, os terrores que nunca contraíram os músculos da face"

"Começamos a entender que, quando somos frágeis, aí é que nos tornamos fortes"

"Não existe pessoas imprestáveis, mas pessoas mal valorizadas, mal exploradas"

"O ser humano não morre quando seu coração deixa de pulsar, mas quando de alguma forma deixa de se sentir importante"

"Aprenda que uma pessoa pode ferir seu corpo, mais jamais poderá ferir sua emoção, a não ser que você permita"

"A vida se extingui rapidamente no parêntese do tempo. Vivê-la lenta e deslumbradamente é o grande desafio dos mortais"